07/01/2014

Daltonismo

Termo popular procedente do antropônimo John Dalton (1766-1844), físico, metereologista e químico inglês, que tinha esse distúrbio (Houaiss, 2009). O termo técnico científico é discromatopsia, também discromatismo e deuteranopia. Daltonismo é uma discromatopsia que originalmente designava abolição da visão das cores vermelha e verde, mas atualmente é empregado para indicar deficiência de visão de outras cores (Climepsi, Dic Médico, 2012).

Certos grupos indígenas brasileiros e de antigos gregos enxergavam o azul como preto, caso especial que se denomina acianoblepsia (P. Pinto, Voc Méd e de Outras Naturezas, 1944, p. 87) ou acianopsia; do grego kyanós, azul-escuro e blépsis, visão.

John Dalton foi um dos primeiros cientistas a defender a existência dos átomos. Como metereologista fez suas observações com instrumentos elaborados por ele mesmo. Publicou o livro Meteorological Observations and Essays. Elaborou também  
teorias sobre o vapor d'água e misturas gasosas e criou a conhecida lei  (1801) sua lei das pressões parciais: "Em mistura de gases, cada componente exerce a mesma pressão como se fosse única no recipiente que a contém". As moléculas gasosas não se atraem ou se repelem; o ar é uma mistura homogênea de gases.

Como químico, Dalton elaborou a primeira tabela de pesos atômicos (1803). Foi premiado com a Medalha da Sociedade Real por sua teoria atômica, já amplamente difundida na comunidade química.

Dedicou-se também a estudos sobre sua doença. Em 1794, publicou o ensaio  Extraordinary facts relating to the vision of colours em que exibiu a natureza sistemática e meticulosa de sua pesquisa, o que foi vastamente reconhecido, de modo que  daltonismo se tornou  nome comumente usado para designar a doença (The New Encyclopaedia Britannica, v. 3, 1988).

Simônides Bacelar
Brasília, DF

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